quinta-feira, 25 de abril de 2024

<>A SAUDADE QUE FICOU - NILO LOPES E MOCINHA - ETERNIZADOS PELA GRANDE SAUDADE


 <><><>Quem, nascido na bela Quixadá, não ouviu falar no famoso Bar do Nilo? Nilo, um tesouro, um anjo, um amigo que conquistou o coração dos quixadaenses. Foi casado com Mocinha Lopes da Costa e este amor eterno(foi infinito enquanto durou) e desta bendita união nasceram os filhos Everton Lopes(radialista), Everardo(bancário), Evando(comerciante), Maria José e Chagas. Nilo nos deixou em 2007 e Mocinha Lopes em 2013. Depois de cumprirem suas missões aqui na terra partiram para outras, deixando na sua passagem entre nós, exemplos de pai, mãe e amigos. Convido os amigos para curtirem este vídeo dedicado a este inesquecível casal.
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<>EU E ALAN NETO


 <><><>Parece mesmo aquela história de Davi e Golias. Assim me expresso pelo fato de que eu e Alan Neto mantínhamos uma boa amizade. Graças a minha irmã Socorro Lessa e meu dileto amigo Dr. Lessa conheci o ícone do jornalismo esportivo cearense. Ele era vizinho de apartamento da minha irmã e aí consegui me aproximar dele. No começo, mantinha uma certa distância pelo respeito a sua pessoa, mas com o tempo, passamos a conversar como se fôssemos velhos conhecidos. Muitas vezes, quando ele chegava tarde da noite depois de apresentar seu programa, me procurava para conversar e dizia que se sentia muito bem com pessoas simples. Queria muito me colocar para trabalhar com ele na Rádio Asunção e fazer a cobertura do ferroviário, mas já estava chegando o rádio em Quixadá e vim prá minha bela cidade. Realizei uma entrevista com ele e divido esta emoção com meus amigos e ouvintes. Alan Neto foi chamado por Deus para outras missões que lhe foram confiadas em 3 de abril de 2024.
<>Imagens retiradas da Internet
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<>PINTA(MARIA ELÇA NOGUEIRA) AGORA É CIDADÃ DO INFINITO - FOI UMA MULHER DE MUITA FÉ, AMOR E CORAGEM


  Baixa, franzina, de família humilde e assim como muitas crianças do Nordeste, começou a trabalhar muito cedo, junto com os pais Maria Alexandrina Felix e Luiz Nogueira da Silva, funcionário do antigo "DNOCS". Batia a enxada no chão, plantava e colhia algodão, na fazenda do Senhor José Caetano de Almeida. Chamava a atenção de todos o fato daquela menina, nos intervalos da lida, colocar a imagem de São Francisco sobre uma pedra, orar e entoar hinos para o santo. Esta devoção marcaria para sempre a vida de Maria Elça Nogueira. Chegou a estudar mas com a morte de sua vó Alexandrina, em 1944,teve que continuar trabalhando para o seu sustento. Trabalhou durante algum tempo na Fábrica de redes da Fazenda Varanda, foi catadora de algodão na Fábrica Sambra, depois chamada "Algodoeira" de propriedade do Senhor Zezinho Queiroz. Casa-se em 1949 e desta vez o trabalho continua em casa, fazendo varandas de redes. Da união, nasceram os filhos: Margarida, Conceição, Dôrinha, Maria José, João, Zé Maria, Alexandre e Francisco das Chagas. Começou ainda bem jovem a participar das atividades da igreja como legionária de Maria, apostolado do Sagrado Coração de Jesus. Merece ser destacado a sua incansável dedicação a Liga de Santo Antônio que tem como objetivo maior amparar idosos e doentes. Quase que diariamente, visitava lares com a ajuda das filhas, , fazia palestras em diversas ocasiões, sempre enaltecendo a figura do santo que pregou a simplicidade e um grande amor aos animais. A sua casa serviu de espaço para acolher crianças humildes, pobres e velhos, sendo oferecido refeições e ainda redes. Mesmo cansada, sem quase enxergar, saía pela cidade pedindo doações e quase sempre, encontra apoio. Pedindo, às vezes, apenas um pão, já foi maltratada por um dono de uma das maiores lojas da cidade que assim se expressou para a humilde Pinta: "Se esse tal Francisco quer dar aos pobres, vá trabalhar"! Pinta então, apenas pediu que ele não maltratasse a figura do querido santo que tinha como pai um dos homens mais ricos da Itália. Tempos depois, este comerciante(ela pediu para omitir o nome) chegou em sua casa e lhe implorou orações pois estava com problemas de saúde! Pinta assim o fez e garante que ele ficou curado por milagre de São Francisco! Depois tornou-se um colaborador e amigo da incansável mulher. A sua maior atuação foi na igreja do querido santo. Trabalhou com Frei Martins, Frei Guido, Padre Aldo, Padre José, Zé Firino, Rosalino e outros. Acompanhou a todos nas atividades religiosas, no sertão ou na cidade. Recebeu o carinho e incompreensões de alguns como do Padre Aldo, por exemplo, que depois de um evento na cidade de Ibicuitinga, no período da noite, voltou para Quixadá, deixando a bondosa senhora numa cidade em que ela não conhecia ninguém. Nas festividades da Semana Santa, conseguia reunir muita gente no terreiro de sua casa para a queimação de Judas. As amigas mais próximas e que auxiliavam na sua missão foram Maria Monte, D. Carmelita, Francisca, Gonzaga, entre outras. Nos últimos anos só ficava em casa mas, sempre rezando. Quem não lembra da queimação de Judas que realizava no terreiro de sua casa com a participação de muita gente. Certa vez lhe perguntei porque admirava tanto São Francisco e ela respondeu com muita tranquilidade: Este santo mostrou que a simplicidade é a coisa mais linda que Deus deixou neste mundo. Pinta, com certeza, eternizada em nossa grande saudade

¨<>RÁDIO UIRAPURU - HÁ 38 ANOS ERA INAUGURADA A NOSSA PRIMEIRA EMISSORA DE RÁDIO


<><> 13 de Fevereiro de 1980. Nesta data, a tão sonhada emissora de rádio da terra dos monólitos invadia os lares da bela cidade e de todo o interior cearense. José Pessoa de Araújo, empresário e um apaixonado pela comunicação, além da Uirapuru de Fortaleza, resolveu levar o canto dos pássaros a 4 cidades do interior: Itapipoca, Morada Nova, Canindé e Quixadá, formando assim a "Rede Uirapuru de Comunicação". A solenidade de inauguração aconteceu no período da noite nos próprios estúdios no planalto da Curicaca, a 6 quilômetros do centro da cidade. Naquela noite, Quixadá parou para acompanhar a festa de inauguração e ninguém se importou com a distância. Em carros, ônibus, bicicletas, carroças, em lombos de animas ou a pé, todos queriam acompanhar aquela linda noite. Ainda não tínhamos os serviços dos mototaxistas. Ninguém queria perder aquele momento histórico para a radiofonia do sertão central. Antes, ouviam-se apenas as emissoras de Fortaleza, Quixeramobim, Limoeiro e aquelas de grande alcance. Os filhos da terra dos monólitos queriam uma rádio que pudessem chamar de sua. Presentes a inauguração o governador Virgílio Távora, o vice-prefeito Dr. luis Crispin,Gonzaga Mota, José Antunes  e nomes consagrados da radiofonia cearense como Cid Carvalho, Edson Silva, Mena Barreto, Hélio Malveira(professor dos locutores e operadores), o técnico Assis(responsável pela montagem dos equipamentos), Dr. Wagner(um dos diretores) e ,claro, o grande comandante José Pessoa de Araújo. A partir daí, a boazinha como era carinhosamente chamada pelos ouvintes passou a fazer parte do dia a dia dos quixadaenses. Uma equipe pioneira trabalhava com afinco e paixão mesmo com pouca experiência para que a nossa Uirapuru funcionasse com qualidade. Os primeiros operadores foram: Jorge Umbuzeiro, Viana Vieira, Wagner Nepomuceno, Teixeirinha, Chico Pernalonga, J. Neto, Tarcísio Besouro Verde, Freitas Magnético, Ana Maria, Alexandre Magno, Teixeira Filho, Paulo Sérgio e outros que trabalharam por pouco tempo. Na locução Ribamar Lima, Sinval Carlos, Célio Aragão, Jonas Sousa, Amadeu Filho, Delmiro Fernandes, Ribeiro Junior, Mon'tAlverne Barreto, Nonato Silva. Com o passar dos anos, outros nomes vieram compor a equipe de locutores. Quanto a parte administrativa, os primeiros diretores foram José Albuquerque de Macedo, Marilac Silveira e Célio Aragão. A partir de 1982, os estúdios da  vieram para o centro da cidade e neste momento assumiu os destinhos da Uirapuru o bancário e jornalista João Eudes Costa que fez várias inovações com o objetivo de tornar a rádio uma empresa bem mais moderna. Não demorou muito e a Uirapuru tornou-se Rádio Monólitos de Quixadá agora sob a orientação de Aziz Baquit e Everardo Silveira. Não podemos por questão de justiça, deixar de registrar as pessoas que integravam a equipe de apoio de nossa primeira rádio: Helena Saraiva que ficava na farmácia da dona Moura anotando os avisos; Na recepção, Lúcia Helena, Lucia Branca, Otini. O carteiro era o conhecido Dedé Drácula que ia e voltava a cidade por várias vezes. Na cantina, aquela que foi aclamada pela equipe como a rainha do café, a querida Barbosa. Os motoristas eram o taxista Neles e Antônio Caetano que transportava a equipe de esportes e os equipamentos para as coberturas dos eventos que aconteciam na cidade. A Rádio Uirapuru de Quixadá ficou na memória de todos nós. Um dia, criei coragem e perguntei ao comandante José Pessoa de Araújo o porquê de Uirapuru que lembra a Amazônia e não um nome  ligado a nossa região? Com voz pausada, mas firme, respondeu: "Porque quando o pássaro Uirapuru canta todos param para escutar! E assim acontece com a nossa rádio.

<>O CARTEIRO DA RÁDIO - DEDÉ DRÁCULA- UM GRANDE AMOR PELA RÁDIO UIRAPURU DE QUIXADÁ


 <>O rádio ainda é uma mídia indispensável e insubstituível. E com certeza, está no coração das pessoas. Sempre que destacamos este veículo, locutores e operadores são citados e referências são feitas a esses profissionais. E muitas vezes, nem tomamos conhecimento que outros trabalhadores também são importantes para o funcionamento da Emissora. Foi em 1980 que ganhamos a tão sonhada "Rádio Uirapuru" que logo se transformou no "xodó" dos quixadaenses. Foi José Pessoa de Araújo o responsável pela montagem do tão sonhado equipamento. Como os estúdios da "Uirapuru" ficava distante do centro, coube ao jovem José de Arimatéa  Dantas de Sousa, pegar as notas no centro da cidade para levar até as mãos dos locutores para ser divulgadas. Ora, levava notícias alegres, outras vezes, tristes! Na sua bicicleta(que ele chamava "envenenada") ia a cidade e voltava várias vezes. Ganhando a confiança da direção  passou a trabalhar nos transmissores. Nas transmissões externas, carregava o equipamento de trabalho. A alegria e bondade, duas grandes marcas! Sempre nas comemorações dos natais, José Pessoa pedia que ele subisse na mesa e fizesse um discurso. Dedé Drácula(apelido colocado por Jonas Sousa) era só alegria. Era filho da querida Barbosa(trabalhava na cantina da rádio) e Zequinha Brechó. Tempos depois, a "Uirapuru" viria a ser "Rádio Monólitos" e o nosso Dedé continuou a trabalhar e sempre com a mesma dedicação. Também recebeu dos Senhores Aziz Baquit e Everardo Silveira o mesmo carinho e trabalhou até ser chamado para outras missões no céu. Era querido por todos e contava com a confiança do diretor Everardo Filho e de toda a equipe. Foi no dia 13 de agosto de 2013. Com certeza, o humilde e bom Dedé faz parte da história de nossa radiofonia.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

<>LUNGA BAIXISTA TEM DOCES RECORDAÇÕES DA EXPLOSÃO MUSICAL NA TERRA DOS MONÓLITOS NOS ANOS 60, 70

 

Lunga baixista

Eu e meu amigo Lunga

<>Os anos 60 e 70 foram marcados por uma explosão musical em nosso país que invadiu não só as capitais, mas também o interior. A terra dos monólitos logo entrou na onda da Jovem Guarda, das canções internacionais e da discoteca. Os bailinhos, as tertúlias, aconteciam nas casas de família, mas logo chegaram nos clubes com destaque para o Balneário e o comercial. O som dos Beatles, Roberto Carlos,  Renato e Seus Blue Caps, Fevers e outros, estavam na boca e no coração dos jovens. Foi nesse momento que surgiram grupos musicais com integrantes de muito talento. Jovens se destacaram tocando guitarra, contrabaixo, órgão, saxofone, bateria e outros instrumentos. Da primeira formação de Os Monólitos, um  jovem conhecido por Lunga se destacava no contrabaixo atraindo a atenção do maestro Dudu Viana e do publico. Numa manhã de domingo, Lunga, que num primeiro momento queria ser cantor, se apresentou no programa "Juventude se Revela" no Comercial. Numa guitarra emprestada pelo Vinícius cantou "A Última Canção", sucesso na voz de Paulo Sérgio, aquele que incomodou Roberto Carlos. Dudu Viana ficou encantado com o talento de Lunga com o instrumento e fez o convite para o jovem artista fazer parte do grupo Os Monólitos que brilhou nos anos 60 e 70, até meados dos anos 80. Naquele momento a formação do grupo era Dudu Viana, teclados; Vinícius, guitarrista; Luiz, baterista;  Manuel Viana no piston, depois começou a fazer parte do gupo, Zé Pretinho, um craque no saxofone. Um detalhe é que somente Lunga continua entre nós e os demais daquele primeiro momento são cidadãos do infinito. Anos mais tarde formou o grupo musical "Os Águias" na cidade de Jaguaretama e que fez muito sucesso na região. Faz questão de afirmar que aprendeu a tocar vendo e ouvindo o Rubens, ali nas proximidades do Mercantil Cícero Bertoldo.   Atualmente, morando em Fortaleza, guarda boas lembranças de Quixadá e não esquece sua primeira professora que foi a dona Cesarina., um anjo na sala de aula. Lembra com muita saudade dos amigos Vinicius, Paulo Honório e de todos os colegas músicos. De sua biografia consta o fato de ter sido caminhoneiro o que lhe possibilitou conhecer várias cidades nordestinas. Na música jovem do Brasil, naquele momento, se destacavam os baixistas Paulo Cesar Barros do grupo Renato e Seus Blue Caps; Nenê de Os Incríveis; Parada do The Pops, Tony do The Jordans e Fábio Block do grupo Brazilian Bitles. Aqui, na terra dos monólitos, a fera do contrabaixo era o nosso amigo Lunga para quem mandamos um forte abraço.
Lunga mora em Fortaleza e tem doces recordações dos jovens anos
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domingo, 14 de janeiro de 2024

<> TODO MUNDO QUER IR PRO CÉU, MAS NINGUÉM QUER MORRER(EU TAMBÉM NÃO)

 

<> "Todo mundo quer ir pro céu mas ninguém quer morrer! Céu! Céu! Céu! O título destas mal traçadas retirei de uma canção da Blitz. Como não poderei falar depois da death(em língua inglesa fica mais chique), necessito comunicar do que gostaria que acontecesse quando passar desta para pior(Lembro do Neno). E que falta ele faz.  O Tic Tac do meu coração lembra que passei do meio dia. Adoro beijar, mas a dona morte não venha fazer isso. É beijo gelado, sim senhor! Mas, vamos lá! Quero que na minha despedida se encontrem presentes os meus ouvintes do rádio,  os amigos que guardo debaixo de sete chaves como fala na "Canção da América. Quero demais  a presença dos meus colegas professores do Colégio Municipal, do Colégio Estadual, meus alunos, os colegas do microfone e aqueles que vivem honestamente, que enfrentam dificuldades. Se pudesse, pediria ao simpático Padre Filipe  que rezasse um "Pai Nosso"para que os anjos me levassem até o  Céu. Céu! Céu! Céu! Acharia ótimo até demais se meu irmão evangélico, Alexandre Magno(filho do seu Luquinha), lesse trechos da bíblia. Ficarei super feliz com a presença de toda minha família como minhas queridas(e lindas) irmãs Corrinha e Cecê. E, claro, minha filha Tainan e meu neto Lorenzo, o meu amiguinho de todas as horas. Meus cachorros Rin, Tin, Tin e Garrincha e também as minhas gatinha Hilda Furacão, a Gretchen Black que parece desconfiar de minha tristeza e pula no meu colo para aliviar meus ais. Vibraria ,de verdade, se meus amigos Tony Remelexo,  Juninho Quixadá e Evandro dos teclados cantassem "Amigo" do Roberto. Como não sou famoso, com certeza, jamais serei nome de rua, nem serei lembrado com um busto colado a um microfone. Serei notícia na página dos meus amigos do "Face". A death é a angustia de quem vive, tal qual falou o poetinha Vinícius. Não tenho fingimento, morro de medo. Todo domingo, a missa de Santa Teresinha começa as 19 horas e duas horas antes já estou sentado no banco da pracinha. É que aprendi a gostar dela que sofreu, teve uma vida dura e jamais reclamou. Peço a minha santinha que acabe com esse meu medo de fazer esta viagem(Pela Guanabara, sim). A Rua Tenente Cravo, a poética rua do Prado não ouvirá mais meus passos(Aconteceu com o maluco beleza). Mas, calma, Amadeu! Calma, meu velho! Um analista amigo meu(O Belchior também tinha) falou que há espaço também de coisas boinhas neste tema. Ele disse que depois de bater o catolé(cearense sou), algo de bom nos espera como o fato de reencontrar lá no céu aqueles que tanto amamos como nossos pais e amigos. Que alegria chegar no céu e encontrar mamãe e papai se balançando numa rede véia comprada no seu Benjamim. Conversar com o meu eterno diretor, o  professor Cleune. Que barato, bicho! Sorrir ao encontrar o Almeidinha lembrando do meu aniversário. Dá sonoras gargalhadas ao ouvir o filósofo popular, o Zé Laranjeiras, contar que no seu primeiro encontro com a namorada levou uma topada na pedra do cruzeiro que no seu tempo de jovem era bem pequena. Abraçar, cheio de emoção, o meu amigo Everton Lopes, o Manoel Augustinho e ainda, Seu Nilo. Lá, tá assim de filhos da terra dos monólitos. Curtir meu amigo Zé Carlos apresentando programa de Nelson Gonçalves. Me falaram que lá tem uma rádio. Ouvir as estórias contadas pelo José da Páscoa. Sentir mais uma vez a disponibilidade de Everardo Silveira sempre pronto prá ajudar. E mais, o Mestre Adolfo tocando bandolim, o Ronaldo Miguez cantando acompanhado  por Dudu Viana, " Maria Helena, és tu a minha inspiração" Mas, peraí! É certeza me tornar um cidadão do infinito? Confiando que o Chico falou não existir pecado na gente latina, andei saindo da linha e diversas vezes(Quem não?). Mas, recebi em sonho, recado de um amigo meu que fez a grande viagem, já faz algum tempo É que ao encontrar São Pedro, o trate com jeitinho(Sou brasileiro, né?). Faça uma coisa e lhe garanto que ele fará uso das chaves e abrirá as portas dos céus. Céu! Céu! Céu! Dê-lhe um disco do João Gilberto, do Caetano, Chico e Luiz Gonzaga. Mas, muito cuidado! Não o presentei com o disco do Evaldo Braga com a música "Mentira! Assim, ele vira uma fera, pois lembrará do tempo que negou Cristo por três vezes. Faça o favor de não esquecer um livro do João Eudes Costa, um romance do Francisco Jards. Alguém soprou que ele adora ler sonetos do Antônio Martins e poesias da Angélica Nogueira. Cuidado, rapaz! Agrade o Santo! Mas, fiquem tranquilos, amigos meus. Estou bem de saúde e esse ano não morro! Também sou um sujeito de sorte. Não é poeta-filósofo de Sobral?



Eu e meu dileto amigo AloísioO Chefe)

Eu e o Mestre Adolfo Lopes

Nos meus jovens anos